quarta-feira, abril 26, 2006

NÃO TENHO CULPA


Meu olhar despiu teu ser,
Envolvi-me em teus mistérios,
Abracei teu corpo, beijei tua boca.
Senti teu prazer dentro de mim,
Como seiva se derramou quente...
Ofegante, gritei... Sussurrei,
Fui ao clímax.


A hora chegou
Vestiu-se e partiu, deixando-me adormecida.
Como andarilho fugiu na madrugada...
Acordei, e ao erguer minhas mãos a tua procura...
Nada encontrei,
Apenas o vazio... Você se foi.


Não fiquei triste,
Procurei lembrar os bons momentos vividos,
Do nosso amor proibido.
O nosso segredo
Que nos tornou comuns do mesmo desejo.
Coisas nossas procuras e loucuras...
Irrepartíveis, alienadas dos preconceitos,
No silêncio... Desse amor proibido.


Sem culpas, sem medos...
Apenas preenchido
Pela cruel realidade dos riscos,
Dos nossos instantes,
Jamais esquecidos.
Não me condene... Não tenho culpa!
O meu amor simplesmente, aconteceu.

Socorro Carvalho

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