O orvalho da sua noite
Não dá mais viço em minha flor...
O luar da sua noite
Não dá mais rima em minha poesia...
O silêncio da sua madrugada
Não dá mais eco em minha solidão...
As mudanças no tempo
Enrustiu o desejo
Calou a ânsia...
Tudo se foi com o vento.
E derepente,
Vejo o tempo afastadando nossas mãos.
Levando nossas carícias ardentes.
Levando nossas carícias ardentes.
Deixando um vácuo em nosso abraço.
Nada mais resta para alimentar essa ilusão...
Apenas a lembrança, a saudade.
Se retratam numa paisagem sem cor.
Nostalgia triste.
É preciso esquecer o sereno que dava viço ao meu viver.
Esquecer o luar que inspirava meu querer.
Quebrar o silêncio...
Para não mais ouvir o eco da sua voz que enlouquecia todo meu ser...
Para não mais ouvir o eco da sua voz que enlouquecia todo meu ser...
Talvés assim consiga
Confudir esse desejo insano que insiste em se acender...
Socorro Carvalho