São dois a viver sob a mesma capa.
Enquanto um se perde,
o outro esboça um mapa.
São tristes os dois, mas a tristeza
de um é o minério do outro,
mistério e beleza.
A noite paira em ambos, mas o outro tem
halos de lua cheia, a clarear as trevas
em que o um vem.
São dois a viver sob o mesmo teto.
Enquanto um chora, o outro beija
o frio concreto.
De nada sabe um, o outro muito menos.
Um espera a morte, o outro,
sonhos obscenos.
E, arrancados da amada presença,
um se evapora enquanto o outro
se adensa.
São dois a viver como quem convive,
são dois a dividir a mesma cama.
Enquanto um sonha que ama,
o outro finge que vive.
Enquanto um se perde,
o outro esboça um mapa.
São tristes os dois, mas a tristeza
de um é o minério do outro,
mistério e beleza.
A noite paira em ambos, mas o outro tem
halos de lua cheia, a clarear as trevas
em que o um vem.
São dois a viver sob o mesmo teto.
Enquanto um chora, o outro beija
o frio concreto.
De nada sabe um, o outro muito menos.
Um espera a morte, o outro,
sonhos obscenos.
E, arrancados da amada presença,
um se evapora enquanto o outro
se adensa.
São dois a viver como quem convive,
são dois a dividir a mesma cama.
Enquanto um sonha que ama,
o outro finge que vive.
(Jardim do Teu Silêncio - Jason Carneiro)
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