Tenho temor das cousas mais distantes
e das cousas mais próximas de ti;
hoje, amanhã e todos os instantes,
o céu, o chão, o sol, a flor, o aqui.
e das cousas mais próximas de ti;
hoje, amanhã e todos os instantes,
o céu, o chão, o sol, a flor, o aqui.
Perecem os teus gestos e semblantes
entre os que perderei e o que perdi;
não aprendo teus olhos viajantes,
e é mel de fel que neles vejo e vi.
És tempo e todas: não serás nenhuma
nas minhas mãos que vazam; sou um lado
apenas da tua hora de ouro e espuma:
sorrires ou ficares ou não seres,
dares-me aquele goivo ou teu reinado
são futuros sem fim de me esqueceres.
Abgar Renault (1901 - 1995)
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