“Através
de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me
vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o
Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta
queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com
horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus,
que eu amo como quem cai no nada.”
Clarice Lispector
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