“Deixa-me
errar alguma vez,
porque
também sou isso: incerta e dura,
e
ansiosa de não te perder agora que entrevejo um horizonte.
Deixa-me
errar e me compreende
porque
se faço mal é por querer-te
desta
maneira tola, e tonta, eternamente
recomeçando
a cada dia como num descobrimento
dos
teus territórios de carne e sonho, dos teus
desvãos
de música ou vôo, teus sótãos e porões
e
dessa escadaria de tua alma.
Deixa-me
errar mas não me soltes
para
que eu não me perca
deste
tênue fio de alegria
dos
sustos do amor que se repetem
enquanto
houver entre nós essa magia.”
Lya
Luft
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