O horário de verão, que começou no dia 21 de outubro do ano
passado, terminou hoje, quando os
relógios foram atrasados em uma hora nas regiões Sul,
Sudeste, Centro-Oeste e no Tocantins.
O neurologista e professor da Faculdade de Medicina da
Universidade de Brasília (UnB) Raimundo Nonato Delgado Rodrigues diz que os impactos do fim do horário de verão sobre a
saúde da população são menores do que quando ele começa.
Para o especialista o
corpo deve se habituar à mudança gradualmente e, no período de adaptação, que
deve durar em torno de uma semana, as pessoas tenderão a acordar mais cedo e
vão sentir sono mais cedo à noite. “O ideal seria aos poucos fazer com que o
sono fosse atrasado, de forma que a pessoa acordasse um pouquinho mais tarde”.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
neste ano o horário de verão gerou uma economia de 4,5% no período de pico
(entre as 18h e as 21h) nos estados em que foi implementado. A mudança é
adotada todos os anos no país para aproveitar melhor a luminosidade do dia
nesta época do ano, reduzindo o consumo de energia nos horários de pico e
evitando o uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara e mais
poluente do que a gerada pelas hidrelétricas.
Para o neurologista, o horário de verão é um atentado à
saúde das pessoas. “Perder uma hora de sono pode parecer pouco, mas o cérebro
sente muito mais do que podemos imaginar, não só em termos de cansaço, mas
também na alteração na produção hormonal e na fragmentação do sono”, aponta. Se
o débito de sono for muito acumulado, as pessoas podem correr riscos,
principalmente na hora de exercer atividades que necessitem de vigília, como
dirigir ou operar máquinas.
O horário de verão começa sempre no terceiro domingo do mês
de outubro e encerra no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
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