sábado, janeiro 05, 2013

SOBRE O ESCRITOR E POETA DÉCIO PIGNATARI


O poeta e ensaísta foi um nos nomes mais importantes do concretismo, assim como os irmãos Haroldo e Augusto de Campos. Um dos marcos do movimento foi a revista Noigandres, do grupo de mesmo nome, editada pelo três nos anos 1950. Ele foi também semiólogo, ensaísta, professor e tradutor Pignatari nasceu em Jundiaí, em São Paulo, e publicou os primeiro poemas no final da década de 1940.

 Movimento vanguardista

O Concretismo surgiu em 1953 primeiro na música, depois na poesia, até chegar às artes plásticas. Em sua essência, defendia a racionalidade e rejeitava o expressionismo, a abstração lírica e aleatória. Basta observar as obras surgidas nesse período - não predominava o intimismo tampouco havia preocupação com o tema proposto, pois o objetivo era acabar com a distinção entre forma e conteúdo e, com isso, criar uma nova linguagem. A partir da década de 1960, outros poetas e músicos do movimento decidiram alargar os horizontes, incluindo temas sociais e criando novas tendências, como o neoconcretismo, o poema práxis.
                          

Pignatari foi um dos colaboradores do Suplemento Literário, caderno publicado pela primeira vez pelo Estado em 1956. Em 1969, o poeta foi um dos fundadores da Associação Internacional de Semiótica (AIS) e, em 1975, da Associação Brasileira de Semiótica (ABS).  "Décio Pignatari foi um dos artistas mais revolucionários e um dos pensadores mais incisivos que o Brasil já teve", escreveu, no Twitter, o diretor da Casa das Rosas, Frederico Barbosa. 

Como teórico da comunicação, Pignatari deixou importantes obras, como a tradução dos textos de Marshall McLuhan. Entre seus escritos, destaca-se o ensaio Informação, Linguagem e Comunicação, de 1968. Sua obra poética está reunida em Poesia Pois é Poesia (1977). Pignatari publicou traduções de Dante, Goethe e Shakespeare, entre outros, reunidas em Retrato do Amor quando Jovem (1990) e 231 poemas. Publicou também o volume de contos O Rosto da Memória (1988) e o romance Panteros (1992), além da obra para o teatro Céu de Lona. 

 Nos últimos anos, além de se dedicar à literatura infanto-juvenil - lançou Bili com Limão Verde na Mão (Cosac Naify), em 2010, Pignatari analisava a transformação da literatura por causa da  revolução   tecnológica.

                              

"O fim da literatura está encaixado em um tópico mais abrangente, que é a crise da arte", disse ele, em entrevista ao Estado, em 2010. "Na verdade, o fim propriamente não vai nunca acontecer. O que existe, hoje, é a palavra falada, na forma escrita."

Ele utilizava como exemplo as transformações do verso, que entrou em crise graças ao francês Stéphane Mallarmé (1842-1898), que trouxe para a poesia o radicalismo estrutural e racional de que ela precisava para se renovar. "Mas nem por isso o verso se extinguiu - apenas sofreu modificações", comentava Pignatari. "Quando se fala em fim de uma arte, na verdade, o certo é falar sobre sua transformação acelerada, como uma metamorfose apressada pela evolução tecnológica."

É o caso da forma de se narrar uma história, que sofreu abalos profundos com a publicação de Ulysses, de James Joyce, publicada em 1922. "A visão que se tinha do romance entrou em crise", observou o poeta. "Na verdade, já desde Gustave Flaubert e sua Madame Bovary o enredo perdeu sua relevância: afinal, não se trata apenas de um adultério que resulta em um suicídio, mas de uma escrita que se sobrepôs à trama."

O poeta, tradutor e ensaísta Décio Pignatari Pignatari morreu na manhã, do 2 de dezembro de 2012, aos 85 anos, no Hospital Universitário da USP. Onde estava internado desde do dia 30 de novembro de 2012, ele teve insuficiência respiratória e pneumonia aspitariva.

Fonte: O Estado de S. Paulo
 

MAIS DE MIL JORNALISTAS FORAM DEMITIDOS PELO BRASIL AFORA EM 2012



O ano de 2012 foi marcado por enxugamento das redações, principalmente devido ao fim da publicação de veículos e à migração do impresso para o online. Levantamento feito pelo Comunique-se mostra que mais de 1.230 jornalistas foram demitidos nesse período. A maioria das dispensas foi motivada por cortes orçamentários e reestruturações.

Destaque para os 450 cortes promovidos pela Rede TV, quase um terço do quadro total de funcionários. Entre os jornalistas, Rita Lisauskas deixou o canal em janeiro, após ter postado em seu perfil no Facebook uma reclamação sobre os atrasos salariais. Em março, pelos menos oito pessoas foram cortadas do departamento esportivo, o equivalente a 40% do núcleo. A emissora passou o ano em destaque no noticiário, por causa de demissões, atrasos nos salários e pelo não pagamento de benefícios, como o 13º salário.

Na Record foram registradas 70 demissões. A ordem teria sido cortar em 12% os custos de Record News e R7, informação não confirmada pela empresa. No veículo televisivo, 40 jornalistas de Brasília, Santa Catarina e São Paulo deixaram de fazer parte da equipe. Em nota, a emissora afirmou fazer “uma reformulação em sua grade de programação”.

Grandes impressos também enfrentaram problemas. A "Folha de S.Paulo" demitiu ao menos cinco jornalistas. Em junho, a versão online passou a usar a tecnologia do paywall, cobrando pelo conteúdo produzido. Claudio Ângelo e Lucio Vaz (repórteres da sucursal de Brasília), Carolina Vilanova (repórter de ‘Mundo’) e Lucia Valentim (repórter do caderno ‘Ilustrada’) foram dispensados. Ex-correspondente e ex-secretário de redação, Vaguinaldo Marinheiro também perdeu o emprego.

Concorrente da "Folha", o "Estadão" demitiu 20 jornalistas em fevereiro. Do mesmo grupo, o "Jornal da Tarde" encerrou suas atividades no Dia das Bruxas, 31 de outubro. Em julho, o JT havia dispensado cerca de 20 profissionais e sinalizou que deixaria de circular aos domingos.

Outro impresso que encerrou suas atividades foi o diário esportivo "Marca Brasil". Os jornalistas que trabalhavam no periódico seriam transferidos para outras publicações do Grupo Ejesa/Ongoing, responsável pelo portal IG e pelas edições dos jornais "Meia Hora", "O Dia" e "Brasil Econômico". A empresa não confirmou, mas na redação os comentários eram de que cerca de 70 foram dispensadas. Em dezembro, 13 funcionários de deixaram a companhia.

No segmento das revistas, o Grupo Abril encerrou o ano com 150 demissões, entre jornalistas e funcionários do setor administrativo. A editora também anunciou o fim da revista mensal Quatro Rodas Moto e a dispensa de quatro jornalistas da publicação.

MEU CORAÇÃO...


Meu coração bate feliz quando te vê!!
Sua voz tem o ritmo da minha  música preferida...
Seu sorriso tem o motivo da minha alegria.
Seu perfume  tem magia,
Feitiço que  me  inebria a razão...
Espalha fragrância rara no ar.
E feito oxigênio
Enche  de vida o meu respirar.
Seu olhar é chama que me chama.
Tudo é encantamento em  sua presença.
Impossível adormecer esse querer.
Como posso esquecer?
Se em cada tentativa  lá está você...
Em cada canto,
Em cada pensamento,
Em cada verso da minha inspiração.
Você é canção.

Feito música
 Tem  r
itmo e som
Estrofe e refrão...
Deixa contente  meu coração.


Socorro Carvalho