Ah, tempo que passa tão rápido,
sem me permitir tempo para tantos intentos que tenho guardados. Hoje, queria
inventar uma poesia que me explicasse esse tempo que desconheço. São tantas
indagações, sem nenhuma resposta convincente para acalmar essa curiosidade que
atormenta.
Quisera inventar versos e canções
para expressar essa prosa que mora aqui, nesse tempo de tantos mistérios. De
tantas respostas inadequadas e sentimentos inexplicáveis. Ah, tempo! Que
calcifica corações, sob esse poema contido que ninguém leu, nem escreveu. Reviro lembranças. Mergulho
dentro de um tempo inexistente, que insiste em ser dono de minhas ações.
Tudo é tão complexo, dentro desse
tempo que não posso te ter. Nesse tempo que me faz escrever. Já não são cartas
de amor, mas outros devaneios que para minha alma bastam. Enquanto meu coração
segue nessa mordaça. Dentro de um faz de conta que o tempo estagna dentro dos
meus olhos.
A noite cai. Novamente, o tempo.
O tempo de encostar os devaneios no travesseiro e dormir. Para quem sabe sonhar
com esse tempo que me espera. Ou quem sabe com esse tempo que te traz pra perto
de mim. Ah, tempo! Velho senhor dos sentimentos paradoxais, de realidades e
fantasias que não se concretizam, perdidas em vácuos infindos.
Mas apesar de todos os
argumentos, o tempo segue... O relógio
cumpre seu trajeto, indiferente as minhas ou as suas reais frustações. Então, guardo meus ímpetos e agasalho minha
espera num canto qualquer. Por mais que eu tenha pressa, ela não apressa o
tempo. Ele segue, dono de si, sem se importar com esse tempo que me habita... O
tempo!!!
Mestre maior dessa inquietude que
se extravasa dentro do meu peito e, as vezes, de minha alma... Tempo, que abriga
minha trajetória, marca meu corpo, deixa linhas marcadas e aprendizado em minha
vida...Tempo tempo tempo etc...
Socorro Carvalho
Quando a arte de bem escrever está presente, não existes mais palavras a não ser: MARAVILHOSO
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Deixo cumprimentos poéticos.