O dia amanheceu chovendo. Passou nublado. A tarde chegou com um tímido sol .
Ao meu redor, vejo rastros de saudade a penetrar meus poros, me trazendo o aroma de tua pele a lembrança de tuas mãos. Os pensamentos se perdem da realidade e me levam a tantos devaneios. Devaneios loucos que te trazem dentro dessa tarde, nesse por do sol.
No silêncio, ouço tua voz
acalentando meu sofrer. Como suave canção, o timbre de tua voz vem encher de vida
minha imaginação. O vento passa e nele sinto a fragrância do teu perfume, a
entorpecer meus sentidos. Fecho os olhos e no imaginário, te trago, te bebo, te
amo. Lá estamos nós, distantes, porém, juntos no frio da saudade e no calor da
paixão.
Meu peito triste é abrigo de um vazio inexplicável, que consome de solidão meus dias e noites. Tua breve presença, já não preenche a lacuna do meu existir, mas insisto em te ter aqui. O amor é assim, não tem explicação. Mas é dentro desse inexplicável que está o que de melhor sinto por ti. Inexplicável que no une, nos consome, como eternos cúmplices de um sentimento profundo, sincero.
Na distância, sinto tua dor,
mergulho em tua angústia e o agasalho em minhas orações. Consagro a Deus o teu
sofrimento. Só Ele tem o poder de consolar, curar e aquecer esse teu peito
atônito, em meio, a esse alarido confuso para tua inocência.
A tarde passa deixando nuances de saudade. Saudade de ti. Saudade desse teu jeito ímpar de ser, de me sentir nas pequenas coisas. Porém, tão preciosas e cheias de significados. A tarde finda sem teu riso, sem tua alegria, sem tua emoção. Porém, cheia de saudade.
A noite chega, acordo dos devaneios. Fecho os olhos, novamente, e te sinto pulsar "moribundo" aqui, bem no
fundo do meu coração.
Ah, chuva!! Chuva que rega saudade...
Texto: Socorro Carvalho
Foto: Nilson Vieira
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