quinta-feira, julho 07, 2011

O FIM DO FIM



Vão inundar as florestas,
Mudar o ciclo natural dos rios.
De tristeza rio, porque não sei chorar...

Das suas terras, ribeirinhos e índios vão se afastar.
Se afastar mesmo ou vão capitular?
Render-se à força do opressor?
A quem interessam seus gritos, clamores, os horrores
Que advirão?

Expulsos dos seus lares, da sua ceifa,
Da sua tradição, da sua cultura, ritos,
E amores à terra dos seus ancestrais...

Vida milenar desfeita por decretos de gabinete...
Atenção! Não são sinetes dos generais!

Anjos, deuses, forças do bem, onde estais!
Não mais vergais espadas flamejantes?
Ninguém mais monitora o planeta Terra?

Defensores da fissão nuclear por que calais?
Defensores da tecnologia de ponta,
As ondas não eram previstas?

Teu orgulho foi ferido? Mas não te sentes abatido...
É que com aquela ferocidade foram imprevistas?
E agora que fazeis com nossas florestas,
Com nossos rios, com nossa gente?
Chegou sua vez? Sua hora chegou?

E quando a Terra ficar toda careca,
Vão construir-lhe uma peruca?
Cucas de ambiciosos e gananciosos são assim...
“não importa o meio, a desgraça... só interessa o fim”!
Mas não pensam no fim do fim...
E até do fim de si mesmos!

Por Paulo Paixão

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