A polpa secreta
Das tuas mãos
Espero-a inteira
Espero-a inteira
Como frutos à beira
Da fome de alguém
Espero-a inteira
Nesta fome que vem
Só das tuas para as
minhas mãos
Minhas mãos geladas
Minhas mãos suadas
Em rebentos de cada
esforço
Descarnadas mãos
De que já riu a
ferrugem das grades
Minhas mãos abertas para que creias
Mãos suadas e
novamente suadas
Mãos capazes de
enxertar veias
A polpa secreta
Das tuas mãos
Espero-a inteira
inteira
Orlando da Costa
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