sábado, dezembro 01, 2012

INCONSTÂNCIA



As horas passam apressadas...
No meu peito aflito,  perguntas sem respostas.
Vazio e solidão se contrastam.
Saudade sem explicação.
Poema sem rima.
Verso sem inspiração.
Calo as respostas.
Escrevo coisas sem nexo.
Encontro pretextos para lembrar de você.
E quando vens faço tudo para esquecer.
Paranoia poética entre versos desconexos...
A poesia reclama, clama seu nome.
Veto a inspiração, rasgo os rascunhos.
Sobrevivo.
Invento e reinvento frases que jamais irei dizer.
Adormeço meus medos.
Paralelos  devaneios percorrem soltos
Nas páginas da minha escrita
Numa incerteza sem fim..

E na teimosia dessa loucura
Travada luta inversa com os  versos que me inspirou.
Sepulto as lembranças.
Implemento fuga para esquecer as  parafernálias  da saudade ...
Ah, constante pensar...
Impossível querer bem.
Preciso me libertar dessas amarras...
Inconstância.

Socorro Carvalho

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