sexta-feira, novembro 16, 2012

MEU OLHAR: NÓS INDÍGENAS E VOCÊS - POR NITA TUXÁ

Nita Tuxá - Pscicóloga

 
Caro Alfredo,
Quero parabeniza-lo pela brilhante escrita e pela reflexãocritica que provocou diferente opiniões, levando as pessoas a refletirem… 

 Eu me chamo Ediliaise, ou melhor Nita Tuxá. Sou indígena da etnia Tuxá de Rodelas/Ba e gostaria muito de contribuir com essa discussão apresentando o meu Olhar: Nós indígenas e vocês.  
 
 Vou começar partindo do pensamento do grande Paulo Freire que nos diz: “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”. É assim que gostaria quefosse compreendida a cultura indígena e a não-indígena em seu processorelacional. Eu costumo dizer que nós indígenas estamos navegando por rios e territórios  desconhecidos na luta pela sustentabilidade das nossas comunidades e da nossa
cultura. Diariamente travamos batalhas com o “mundo do não-índio” e precisamente com o nosso universo. 

Eu cresci em uma comunidade projetada pela Companhia hidroelétrica do São Francisco (CHESF), pois em nome do “progresso” a aldeia dos meus, foi inundada para levar energia ao Nordeste. Nesse novo ambiente, alimentei a minha identidade étnica com as histórias dos meus pais, avós e lideres comunitário, por vezes, imaginava como devia ser prazeroso viver em um ambiente aonde havia  sinergia e respeito.

Por outro lado, não posso ser incongruente alegando que o nosso novo “habitat” não nos trouxe benefícios, afinal, temos uma estrutura com saneamento, casas de concreto, água encanada, posto de saúde, entre outros ganhos. Todavia, compreendo que assim como a história de tantos outros parentes (indígenas) o meu povo sofreu imposições. Nós sabemos amigos, que tudo começou no período colonial com a catequese “civilizatória”, em um jogo religioso e político que fizeram dos meus ancestrais sujeitos humilhados por terem crenças, costumes e traços físicos tão peculiares. Desde então, meus caros, não fomos os mesmos, pois o etnocentrismo que nos apresentaram nos causou crise de identidade.

Sim, nós indígenas temos crises de identidade e posso falar por mim como jovem, sabe o que é ter que viver, ou melhor, sobreviver como se o seu existir fosse uma ameaça, um afronto, uma aberração. Notem que me apresentei com dois nomes, um nome “civil” e um nome indígena, porque já não se registra nomes indígenas como outrora e também porque não é viável me apresentar profissionalmente como Nita Tuxá, pois as pessoas me fariam coagir com expressões faciais de estranheza, e poucos gostam do “estranho” (isso já me ocorreu várias vezes).  Sou formada em Psicologia, para estudar tive que sair da minha comunidade e me inserir em um lugar mais desenvolvido e experimentar o universo acadêmico. 

Durante esse período observei que não importa como nós indígenas venhamos a nos comportar, pois seremos sempre discriminados, se somos “atrasados” deveríamos voltar pra mata e não tomar lugar de quem realmente merece estudar ( criticam as cotas), se somos “instruídos” deixamos de ser indígenas, afinal somos inteligentes e vestimos roupas. Pensem, no quanto é difícil existir enquanto
indígena; é como se tivéssemos que corresponder às expectativas do Outro, justo daquele Outro que se quer nos ver, apenas nos leu nos livros e criou o seu Imaginário.

 O Sartre tem um pensamento que carrego comigo: “Não importa o que fizeram demim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim”.  Eu tenho orgulho ao dizer que nós indígenas saímos dos livros, estamos nas cidades, nas universidades, na mídia pra dizer que existimos e que ao contrario do que muitos pensam, nós somos brasileiros e indivíduos de desejos e direitos. 

Talvez, em uma analogia, poderíamos enxergar nós indígenas como uma adolescente que se rebela por ter dores existências, pois foi cruelmente violentado fisicamente e psicologicamente na sua infância. Hoje, anseia se tornar um adulto com autonomia, sem tutela, quer gerir e fazer as suas próprias escolhas. E isso parece ser um grande problema, sabem por quê? Porque estamos nos “mostrando”, hoje vocês nos Vêem, talvez não como gostariam, mas já não podem negar o fato de
que existimos, persistimos e resistimos. O etnocentrismo do não-índio provocou o que temos de mais valioso: a nossa força e amor ao que somos! Lutaremos dia-a-dia para que sejamos tratados com respeito e tenhamos direito a Viver…   Por fim, “que a terra seja o índio e o que índio tenha terra”!
 Luz e paz de Tupã!!!

Nita Tuxá
Edilaise Santos Vieira ( Nita Tuxá)
 Psicóloga Clinica no NOPP ( Núcleo de Orientação Profissional e Psicoterapias)
 CRP 20/03933

ESTUDO DA CF DISCUTE REALIDADE DA JUVENTUDE




Uma palestra sobre o tema: um olhar sobre a realidade das juventudes abriu, na manhã de hoje,16/11, o estudo da Campanha da Fraternidade(CF) 2013, no Regional Norte II da CNBB.

 O evento está acontecendo na sede do Regional, em Belém, com a participação de aproximadamente 80 pessoas, a maioria jovens, multiplicadores da CF das 14 dioceses de prelazias do Regional.
A palestra foi proferida pela pedagoga e estudiosa da juventude, Silvana Sarmento, que destacou a vulnerabilidade dos jovens diante dos problemas gerados pela sociedade.

O assessor do estudo, Padre Jamil Alves, da CNBB nacional, deu prosseguimento à discussão sobre a realidade juvenil. Ele enfatizou a cultura midiática, e dentro desta as redes sociais como ambiente, como um dos pontos principais de debate da Campanha da Fraternidade.

Pela tarde, houve reflexão sobre o Julgar a realidade juvenil, e, partilha das experiências positivas e as dificuldades sobre o Setor Juventude no Regional. 

No sábado, 17, serão apresentadas propostas pelas dioceses e prelazias para a realização da Campanha nos estados do Pará e Amapá.

A Campanha da Fraternidade do ano que vem vai destacar juventude, e traz como lema a frase bíblica do livro de Isaias 6,8 “Eis-me aqui, envia-me”.

Três multiplicadores representam a Diocese de Santarém no estudo que prossegue até amanhã às 17h.


 De Belém - Ercio Santos – Pascom/Diocese de Santarém

LOUCURA DE UM VERSO

Insana, sacana
Navego em teu corpo
Faço-me ancorar em teus mistérios
Bebo o vinho do teu pecado
Embriago-me no teu corpo inteiro

Deito-me em teu prazer
Escorrego no suor safado
Que te molha de desejo
Sou paixão, sedução.
Amparo do teu coração

Desejo! Prazer!
Verso inverso do querer
Anima meu ser
Adormeço em ti.

Desvario...
Loucura...
Verso que alucina
Faz gozar
Na rima escondida
Contida em teu ser

Socorro Carvalho

ALUNOS DE SANTARÉM PARTICIPAM DE ENCONTRO EM SÃO PAULO


Santarém está sendo representada no 3º Acampamento de Integração em Bragança Paulista (SP), que iniciou hoje, 16 de novembro e encerra dia 20/11. No evento, o município é representado pela Educadora da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SEMED)/ Rede Vaga Lume, Elza Maria Pereira da Silva, e pelas alunas da Escola Boaventura Queiroz em São Braz, Roana Nandeara Cohen Oliveira, de 12 anos e Raiane Figueiredo Paz de Lima, de 11 anos.

O encontro é de responsabilidade da Rede Vaga Lume, que é um programa de Educação para o Desenvolvimento Sustentável realizado através de intercâmbio cultural entre adolescentes de realidades distintas com o objetivo de ampliar seus olhares para a diversidade cultural e para a riqueza do meio ambiente. Participam também do encontro, mais de 150 jovens e adolescentes do Brasil.

Durante quatro dias de realização do evento, haverá troca de experiências sobre os trabalhos apresentados nas Conferências do Meio Ambiente, produzidos a partir dos seguintes temas: Agricultura, Energia, Água, Energia Sustentável, Desmatamento, Reflorestamento, Modificações Ambientais e Ação.

Nelma Bentes - (9175-0940)
Assessora de Comunicação da PMS



SUCESSO DE PÚBLICO NA PRIMEIRA NOITE DE FESTIVAL

 Quem prestigiou a primeira noite do XI Festival da Canção do Oeste do Pará, realizado pela primeira vez em Santarém, saiu do Espaço RDX Absolut encantado com as apresentações. Sucesso foi a palavra definida pelo público para o evento que encerrar neste sábado (17/11).


“Pude perceber o nível altíssimo dos participantes, uma ótima estrutura, o ambiente agradável e o mais importante a bela cultura musical evidenciada através das canções, com certeza é sucesso, nós santarenos só temos a agradecer” definiu o estudante Adriano Andrade que esteve presente no evento.

 



 Idealizado e patrocinado pela Mineração Rio do Norte, o Festival têm como principal objetivo valorizar a produção artística regional, atraindo também participantes de todo o território nacional. O evento que surgiu no ano de 2001, foi realizado por 10 anos em Porto Trombetas, distrito de Oriximiná, onde a MRN desenvolve suas atividades. Com o crescimento do Festival a cidade tradicional já não conseguia atender as necessidades, por esse motivo mudou-se para Santarém, por conta da facilidade logística de aeroporto e rede hoteleira, além da estrutura que a cidade oferece.
 

Segundo o representante da Mineração Rio do Norte Renato Printes, o Festival foi muito bom. “A qualidade técnica da banda esteve ótima, o que facilitou a interpretação dos artistas”. Para ele a premiação é muito interessante, mas acredita que o que mais importa para os candidatos que participam é ter sua arte imortalizada através do DVD. “O FECAN Oeste foi o primeiro festival a realizar este tipo de trabalho e é um portfólio de carreira para os candidatos” enfatizou Renato.




Na abertura foi realizada uma homenagem ao Maestro Wilson da Fonseca, uma matéria contou um pouco da história de Isoca e banda apresentou um pout pourri do Maestro. Foram 12 interpretes que subiram ao palco e hoje (16/11) mais 12 mostraram seus talentos musicais, 6 de cada noite se reapresentaram na grande final, o resultado sairá hoje. A mesa de jurados é composta por 7 profissionais ligados a área de Música e Letras, a maioria vindos do Rio de Janeiro.  Eles julgam ritmo, letra, interpretação, melodia, harmonia, afinações e arranjo.
 

  
Além do concurso, a programação do Fecan contou com shows musicais no Palco Principal de Ney Conceição e a banda de pop rock Gregos e Troianos.

O coordenador do evento Elder Aguiar avaliou positivamente a primeira noite do Festival e ressaltou a importância da valorização dos músicos. “Ontem foi bom, mas hoje será melhor ainda, no que diz respeita a organização, quanto os candidatos todas as 24 canções são estão em alto nível de qualidade, realmente é um evento imperdível”, enfatizou.

Os ingressos deverão ser trocados por 2Kg de alimentos não perecíveis no Serviço Social do Comercio – SESC e no Espaço RDX Absolut, de 8h ás 20h e 9h ás 18h, respectivamente.

 

Por: Natashia Santana ( Jornalista)93-9191-0655

Assessoria de Comunicação:

Foto: Ton Castri  – 93-9176-7545
        www.fecanoeste.com.br

Organização: Associação Artístico Olho D´agua (Rua Rosa Passos, 1876)

Coordenação: Elder Aguiar