domingo, junho 02, 2013

Um novo dia...


Que a poesia sempre me permita olhar com os olhos do coração...
Que eu possa encontrar inspiração para viver em cada nascer e por do sol.
Que as lágrimas revigorem meus sonhos e que reguem minhas esperanças.
Que a despedida se transforme em inesquecível lembrança...
\Que o trabalho seja o único trampolim para eu galgar minha  realização.
Que o meu coração tenha sempre espaço para cultivar o amor e os bons sentimentos
Que meus olhos contemplem sempre o encanto e  a beleza da alma.
Que Deus me dê a oportunidade de viver um novo dia com alegria e emoção...
E que eu possa escrever minha história  real mesmo em meio as  mil fantasias
Finalmente...
Que nenhuma tristeza me impeça ou consiga me roubar  a inspiração de amar e amar...
Hoje.
É um novo dia!!!

Socorro Carvalho


 * Foto: Amanhecer na Região  de Arapixuna, no 1º dia do mês de junho de 2013.

Henrique um amigo muito especial...

Na viagem  que fiz à comunidade de Aninbuda, ao visitar a escola Osman Bentes encontrei, no intervalo, um pequeno muito especial. Era a hora do recreio e as crianças brincavam pelos corredores da escola. Entre elas tinha uma criança muito animada a correr e a brincar.
Após um tempo observando,  me agachei e me aproximei daquele menino. Perguntei o nome dele e logo uma senhora simpática me respondeu, “é Henrique o nome dele”.
Curioso pela câmera que eu carregava nas mãos,  Henrique fazia gestos que demonstrava que ele queria ser  fotografado. Abracei-o com carinho, juntei meu rosto ao dele e fiz a foto. O gesto foi o bastante para conquistar a confiança de Henrique,  que logo saia  me dirigindo e  apontando onde e com quem queria ser fotografado.

O levei até as proximidades de um pé de planta e lá ele  fazia caras e bocas  em direção a câmera. E assim com um dos gestos que Henrique fez, eu o fotografei. E no momento, sorrindo e batendo palmas. Ficou lindo!


Só que Henrique não se contentou e queria mais fotos, foi então que encontrou um coleguinha na porta da cantina e docemente me apontava para o outro menininho. Eu, entusiasmada viajei no momento de fama de Henrique e sua inocência tão admirável. Em cada foto, mais me  via encantada com aquele sorriso bonito e aquela alegria maravilhosa do pequeno Henrique.



Ainda na porta da cantina, Henrique apontava para dentro do local e balbuciava algumas palavras que não conseguia entender. O que logo foi interpretado pela mãe  que de perto acompanhava eu e Henrique. Ela disse que ele queria tirar foto com dona Dica, uma das educadoras alimentar,  que estava lá dentro da copa lavando louça. Chamamos dona Dica, que veio com um sorriso e uma simpatia espetacular se agachou,  envolveu Henrique nos braços enquanto o pequeno menino parecia extasiado pelo momento de atenção que recebia das lentes da câmera fotográfica.



A mãe ( que não me recordo o nome, no momento) é também professora do Henrique,  gentilmente me pediu para fotografar Henrique na sala de aula junto dos coleguinhas. Seguimos rumo à sala de aula, só que no caminho, Henrique avistou a irmã, em meio a um grupo de adolescentes sentada  numa bancada dentro do quintal da escola. Ao ver a irmã Henrique ficou apontando para os adolescentes e olhava pra mim. Não consegui entender, outra vez a mãe interveio e disse que uma das adolescentes era irmã dele. Ai entendi. Henrique queria fotografar com a irmã. Fiz a foto. 

Por último  o registrei no colo da mãe e findamos nem registrando a fotografia dele na sala de aula.
O Henrique é um menino especial, portador de Síndrome de Down. Porém, uma criança feliz e encantadora. Sinal de que é um menino criado com muito amor. Pois só amor é capaz de repassar autoconfiança e segurança a uma criança.

Foram poucos momentos junto dele, mas o suficiente para me emocionar e me apaixonar por Henrique, pela docilidade e alegria que emana de dentro daquele ser pequenino e tão maravilhoso. 

Na despedida, abracei e dei um monte de beijos no rostinho do Henrique e em cada foto era uma emoção que me contagiava o coração. São esses momentos que tornam nossa vida mais linda e especial. Já estava feliz em estar lá na escola Osman Bentes, mas a presença de Henrique me deixou muito mais inspirada para continuar meu trabalho com essa criançada linda da Amazônia. O sorriso e as palmas de Henrique ficarão para sempre em minhas lembranças e em meu coração como inspiração para meus dias. Estou postando as fotos em meu blog para que todos e todas possam conhecer meu mais novo amiguinho Henrique, lá de Aninduba.


Valeu Henrique, jamais esquecerei de você,  amiguinho lindo!!



Beijos no seu coração!!


 Da sua amiga



Socorro Carvalho 

Aninduba - Literatura às Margens dos Ribeirinhos



Na  noite da sexta-feira (31), seguimos  com destino à comunidade de  Aninduba, na Região de Arapixuna, à bordo do Barco Motor Felipe Neto. A visita à comunidade faz parte do projeto:  “ Literatura às   Margens dos Ribeirinhos 2013/01”.

Na comunidade as atividades  foram  desenvolvida por acadêmicos do curso de Letras da Ulbra com nossa participação da Universidade Federal do Oeste do Pará - Ufopa.

A ação faz parte da Disciplina de Literatura  Infanto juvenil ministrada pela   professora Me. Mara Rejane Miranda de Almeida,   que coordena o Projeto.


Saímos de  Santarém quase meia noite. Fizemos  uma viagem maravilhosa. Uma noite linda,  com   direito a lua e poesia. Para completar amanhecemos já na região de Arapixuna com uma das mais lindas paisagens,  às margens do exuberante Rio Amazonas.

 A paisagem verde, o cheiro do rio e o nascer do sol, tudo de bom. Conjunto de belezas que  só veio encher nossos olhos de contemplação e com isso,  nos inspirar o trabalho  que logo iríamos desempenhar no encontro com a comunidade estudantil da Escola Osman Bentes, da comunidade de Aninduba. 

Na bagagem levamos muita alegria, sede de descobertas e aprendizados. Por entendermos  que cada nova experiência trocada sempre traz um novo aprendizado em nossa vida.


Nossa participação teve apoio do Projeto Rádio pela Educação, Livraria BMT que por meio da Brenda Machado atendeu nosso pedido e nos doou inúmeros livros, que foram doados à escola para formação da biblioteca. 

Contamos ainda com o apoio  da marca  Cobra D’ Agua que através de seu representante José Aluízio Tavares  nos doou dois kits para sorteio.  Não podemos esquecer a contribuição importante  da nossa colega da Ufopa, Jackeline Figueira, aluna do Curso de Pedagogia   que muito contribuiu com sua arte e dedicação na confecção dos painéis que levamos para nossas apresentações.



No grupo   erámos  seis estudantes da Ufopa:  eu (Socorro Carvalho), Marlison Soares, Cláudia Luíza, Katiana Farias, Luciana Pedroso e Tatiane Agra. Dentro do cronograma  nosso grupo ficou com a responsabilidade de trabalhar o gênero textual Parábolas.



O grupo da Ulbra era bem maior, mas também, empolgado e cheio de vontade de partilhar os conhecimentos. Como exemplo,  dessa empolgação, muito cedo  toda a turma já estava de pé e  desde as cinco  da manhã já tinha uma fila diante dos banheiros. Às seis e meia já tinha gente arrumada e tomando café, prontinha e prontinho para executar as atividades.

No rosto,  de cada um e cada uma, era possível ver a alegria e a boa vontade de estar presente dentro do projeto. Assim com todo esse entusiasmo chegamos à comunidade de Aninduba e demos nosso recado. 


A Experiência foi ímpar e melhor que o contato com essa  nossa natureza mágica  e exuberante foi sentir  o contanto direto e o calor da amizade  daquela população linda e receptiva que nos recebeu com muito respeito e alegria.

No final do dia voltamos, um pouco cansados, mas satisfeitos pela missão cumprida e  objetivos atingidos. Certamente muito mais felizes pela alegria de ter partilhado um pouco do que sabemos com aquela turma  especial da escola Osman Bentes, daquela maravilhosa comunidade.

Projeto Literatura às Margens dos Ribeirinhos 2013/01

         

Disciplina: Literatura Infanto-Juvenil

1-Resumo
         A atividade acontecerá mediante oficinas de leitura e produção textual a partir de diversos gêneros literários - contos de fada, fábula, poema, parábola, apólogo através de dinâmicas lúdicas e motivacionais de ensino e aprendizagem.


2-Justificativa
        A realização destas oficinas é uma proposta de efetuar uma participação direta do acadêmico de Letras/Português com a realidade educacional. Um momento de trabalhar o texto literário com alunos da educação infantil e fundamental e oferecer ao corpo docente da escola conhecimentos e propostas metodológicas que possam ser realizadas em sala de aula.

       É uma forma de motivar a criança e despertá-la para o hábito da leitura. Sabe-se que é através da leitura que se faz a transformação do mundo e desenvolve sujeitos dinâmicos, participativos e transformadores.

       Por essa razão, o projeto  propõe atividades que fortalecerão o processo ensino e aprendizagem. Por isso, foi escolhida uma Escola Ribeirinha para que sejam aplicados os conhecimentos adquiridos pelos alunos de Letras em sala de aula, como uma forma de interação social. A teoria adquirida em sala de aula sendo  praticada num contexto rural.

3-Objtetivos Específicos
1-Promover a participação direta do acadêmico de Letras/Português com a realidade de ensino rural aplicando os conhecimentos sobre a narrativa e poema literários adquiridos em sala de aula.

2-Despertar o interesse pelos gêneros literários-contos de fada,  fábula, poema, parábola, apólogo de forma dinâmica e criativa, levando o aluno ribeirinho à realização de produções orais e escritas.

2-Possibilitar aos participantes (acadêmicos, professores e alunos ribeirinhos) uma interação, uma troca de conhecimentos que fortalecerão o ensino e aprendizagem.
3-Refletir sobre os textos apresentados através de dinâmicas motivadoras e participativas.

4-Socializar os conhecimentos e as produções, mostrando os resultados obtidos.
4-Objetivo Geral: Desenvolver oficinas criativas e motivadoras de leitura, compreensão e produção textual para alunos da educação infantil e fundamental a partir da aplicação de textos narrativos e poéticos, estabelecendo uma troca de experiências entre acadêmicos, professores e alunos ribeirinhos.

5-Metodologia:
        As oficinas serão desenvolvidas através de contação de histórias, teatro de fantoche, exposições de murais ilustrativos, desenhos e figuras, etc.

         O primeiro momento corresponderá às reflexões teóricas sobre os gêneros; o segundo é de produção e o terceiro de socialização das produções.

        As atividades serão desenvolvidas pela manhã (08h ás 12h) e à tarde (14h ás 17h)

6-Local e Data: Escola Ribeirinha, às margens do Rio Amzonas, em Santarém- Pará.
Escola Osmar Bentes-Comunidade Aninduba-região Arapixuna.
Data: 01/06/2013  

7-Publico Alvo
Alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental da rede Municipal de Ensino.
(7 turmas: Pré 1 e 2= 21 alunos; 1º ao 5ª anos = 47 alunos; 6º a 8º série = 48 alunos).
7 professores.
6 espaços – 2 salas de aula e mais 4 espaços externos.

8-Impacto
        Uma troca de conhecimentos e experiências entre o acadêmico de Letras, professores e alunos ribeirinhos.
         A realidade acadêmica em contato com a realidade rural trabalhando a literatura de forma dinâmica.
          Distribuição de livros e materiais escolares. Incentivo e fornecimento de matérias de apoio aos professores em relação ao processo ensino-aprendizagem.


  

            Profª. Me. Mara Rejane M. de Almeida

Coordenadora do Projeto

Quando te vejo...


Quando te vejo tudo dentro do meu peito se contagia. Você é a alegria, mina da minha satisfação. Engraçado como isso ocorre, sem achar explicação. Talvez seja amor, uma louca obstinação. Na noite fria,  em cada pensamento vago, você surge ocupando essa teimosa ilusão. Como uma menina, sem experiência, me contento com a imaginação. A noite vai se alongando a lua vem chegando com sua magia e paixão. E você se faz verso dentro da madrugada. O sono se vai e você vem ocupar memoráveis recordações. Seu sorriso, seu modo espontâneo de me agradar são sinônimos da sua simplicidade. Em cada novo momento, você  me (re) conquista sem dizer nenhuma palavra. E de repente, eu já nem  sei mais se quero te arrancar daqui (do meu peito).  As horas passam, enquanto a lua cintila de nostalgia e agonia minha saudade. Quanto te vejo cada ruído se faz canção e mesmo na via única, sigo na contra mão. Sua presença exuberante se ofusca pelas frestas do meu egoísmo e querer bem, dúvida insensata que nubla meu olhar. A noite vem quieta por sobre o remanso do rio, enquanto meus pensamentos se perdem no frio da madrugada... Quando te vejo... Tudo dentro de mim se faz banzeiro... Quando te vejo tudo de bom acontece...


Socorro  Carvalho